sexta-feira, 21 de maio de 2010

Abolição da Escravatura: Celebrando a diversidade afro-brasileira

A EMEF. Princesa do Xingu por meio do Programa Mais Educação atenta para a apropriação de referenciais históricos como o Dia 13 de Maio, marco do movimento abolicionista para a construção de uma ação afirmativa, de reconhecimento, valorização e respeito às expressões, condições e manifestações étnico-raciais e culturais dos povos afro-brasileiros. Nessa perspectiva a iniciativa se configura como estímulo aos agentes educadores para que estes façam do exercício docente um instrumento de construção e resgate da cidadania humana e aperfeiçoamento do trabalho educativo, frente ao universo diverso que agrega os espaços educacionais.


Ao mesmo tempo, a promoção deste evento busca contemplar a possibilidade da instauração de uma (re)leitura das interpretações superficiais, grosseiras e caricatas em alusão ao 13 de Maio, e atribuir uma nova denotação aos preconceitos e significados negativos construídos histórico e culturalmente pelo branco europeu. Tais preconceitos foram fixados em nossa memória por meio de práticas sociais e processos sistêmicos educativos de caráter hegemônico e fielmente reproduzido ao longo do tempo pelos demais grupos étnicos, colocando o negro em condição ínfima e depreciativa.


Em síntese, a proposta dessa ação visa à minimização das diferenças nos espaços escolares ou fora dele, como efeito de celebração, propagação e valorização da cultura dos povos afro-brasileiros e sua rede de significados, como homenagem à afirmação identitária com referência às suas crenças, valores, costumes, culinárias, folguedos, e etc.


Essa proposta está fundamentada na Lei nº. 10639 de 09 de Janeiro de 2003, sancionada pelo Presidente da República - Luiz Inácio Lula da Silva, que estabelece neste decreto a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana na Educação Básica, cujo efeito se constitui como um instrumento de fundamental relevância no sentido da reconstrução das relações raciais entre negros e não negros no Brasil, à medida que essa norma contém as premissas básicas para a implantação de uma educação cujas práticas pedagógicas considerem positivamente as relações étnico-raciais, “visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 205, CF)”.


Cronograma da programação

1º Momento: Alocução de Abertura e exposição da proposta: Profª Elisangela Enes

Divulgação: Atos paralelos

Ø Exposição de Artes Plásticas: CRENÇAS, MITOS E MARTÍRIOS;

Ø Projeção Digital: COR, IDENTIDADE E CULTURA

2º Momento: Recital de Poesias.

Ø Poema SENZALA de João Jesus

Intérprete: Denise Martins

Ø Declamação de poemas com alunos do 4º e 5º ano

Coord. Profº. Antônio Pedro

Ø Produção e exploração literária por alunas do Letramento

Ø Ronycleice recitando o Poema SER NEGRO, autoria própria;

Dannyelle Emmillayne recitando o Poema OS NEGROS, autoria própria;

Jaqueline Juaquina contando JONGO: LEMBRAÇAS AFRICANAS

Orientação: Monitora Gilda Juaquina

Poema “IRENE” de Manoel Bandeira

Intérprete: Luana

3º Momento: Dança Cênica: “DILEMAS E CONTENTAMENTOS AFRO-BRASILEIROS”

Direção: Jocélio Ferreira

ü Anunciação do Decreto Oficial da Abolição da Escravatura

Intérprete: Denise Martins

ü Roda de Capoeira

ü Poema: BERIMBAU de Vinícius de Moraes e Baden Powell

Interprete: Jaíne Juaquina

4º Momento: Apresentação Cênica do Poema “NAVIO NEGREIRO” de Castro Alves

Intérprete: Shângela

5º Momento: Apresentação do Grupo “CONTADORES DE HISTÓRIA” da EMEF. Athur Teixeira. Participação especial Denys Deoclides

Encerramento: A direção da EMEF. Princesa do Xingu e Coordenação do Programa Mais Educação agradece calorosamente a todo o público presente, ao Grupo dos Contadores de História em nome da Profª Alessandra Matos, aos monitores do Programa, aos professores e professoras da educação infantil, ensino fundamental e médio, aos alunos e alunas que se empenharam na produção das Artes plásticas, Cênicas, Digitais, Literárias e Culinárias, ao pessoal de apoio, aos alunos do Ensino fundamental e médio que estão atuando diretamente no evento, e a todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste evento.


Nosso muito obrigado!

Um comentário:

  1. Amei!!! Fazia parte do Programa também,porém, em 2011. Amo demais a Arte e a Cultura. É uma pena que acabou o mesmo na escola. Uma forma de transmitir estudos relacionados aos que passam em sala de aula, um complemento na verdade. Agora, pois, os alunos não tem mais como usufruir desse bem precioso que levara a arte em suas mãos, apenas por motivos fúteis, picuinhas! O meu grande abraço à todos que se empenharam para levar esse sonho em frente, mas que foi por água abaixo... Agradeço ao ex coordenador do programa Everaldo Oliveira.

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